 |
Performance / instalação
2003
Duração: 3h
Fotografia: Adelmo Lapa
Legenda
Alviceleste foi elaborada em 3 momentos: a instalação antes da performance, o desenvolvimento da performance, e a instalação resultante da performance.
Na instalação inicial, estão presentes todos os elementos do trabalho. Vários funis de vidro pendem do teto presos por cabos de aço; da ponta destes funis saem delicadas corrente em metal que se espalham pelo chão. Estas correntes são entremeadas por pequenas coroas (3 tamanhos) usadas originalmente em imagens religiosas. Alguns funis estão cheios de tinta, retida por tampas de borracha. A tinta é azul-real para caneta tinteiro. Vários tubos de vidro com esta tinta estão igualmente espalhados pelo chão da sala, que foi coberto por gesso branco derramado em camadas (e não sob a forma de placas).
Três traquitanas estão encostadas nas paredes. Duas são feitas com “bules” de vidro soprado, presos sob a ponta de cabos de madeira. Outro cabo de madeira tem a ponta de aço em forma de U.
É importante que a performance comece depois que grande parte do público tenha chegado, para que a instalação inicial seja vista.
A performance tem início com a entrada da artista na sala, descalça e vestida com uma camisola longa branca. Manipulando o cabo de madeira com o U de aço na ponta, suspende a tampa de borracha de um dos funis. A tinta escorre pelas correntes sendo absorvida pelo gesso do chão. Enche um dos “bules” de vidro com tinta dos tubos de vidro e derrama num funil. A tinta escorre pelas correntes sendo absorvida pelo gesso do chão. As ações se repetem e se alternam.
O público acompanha a movimentação, as escolhas da artista, as imagens que surgem no processo, e o resultado, sempre mutante, do azul da tinta no branco do gesso e no algodão da camisola.
A instalação resultante da performance permanece em instalação, modificando-se sutilmente com o correr dos dias em decorrência do processo de secagem da tinta.
As fotos foram tiradas no “Projeto Zona Instável – Cavalariças”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, 2003. |
 |